Gordura no fígado: quais são as causas e como tratar?

Imagem raio x destacando, em vermelho, o fígado, o que representa o diagnóstico e tratamento para gordura no fígado.
Imagem raio x destacando, em vermelho, o fígado, o que representa o diagnóstico e tratamento para gordura no fígado.
créditos da imagem: Freepik

A gordura no fígado, ou esteatose hepática, é um problema que vem se tornando cada vez mais comum no mundo todo. Segundo dados da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, cerca de 25% da população global sofre com essa condição, que pode parecer inofensiva no começo, mas gera complicações sérias se não for tratada corretamente.

Neste artigo, explicaremos de forma simples o que é essa condição, suas causas, como você pode prevenir e tratar, além de tirar dúvidas sobre sintomas, diagnóstico e alimentação.

O que é gordura no fígado?

A gordura no fígado ocorre quando o órgão acumula uma quantidade excessiva de gordura, superando 5% de seu peso total. Esse acúmulo pode fazer com que o fígado aumente de tamanho e adquira uma coloração amarelada.

Isso é preocupante porque o órgão realiza mais de 500 funções vitais para o corpo, como a digestão de alimentos, a eliminação de toxinas e a produção de proteínas. Quando há excesso de gordura, o fígado fica sobrecarregado, comprometendo essas funções e, consequentemente, colocando o organismo em risco.

Graus de gordura no fígado

A classificação da esteatose hepática em graus possibilita avaliar a extensão do acúmulo de gordura no fígado e auxiliar no acompanhamento da doença. Os graus mais comuns são:

  • grau 1 (leve): nesse estágio, há um pequeno acúmulo de gordura, geralmente afetando até 30% das células do fígado;
  • grau 2 (moderado): o acúmulo de gordura é maior, podendo atingir até 60% das células do fígado;
  • grau 3 (grave): neste grau, o acúmulo de gordura é significativo, ultrapassando 60% das células do fígado.

O que causa gordura no fígado?

Existem diversas causas para essa condição, mas as principais estão relacionadas ao estilo de vida e a outros fatores de saúde.

A esteatose hepática alcoólica é causada pelo consumo excessivo de álcool, que danifica as células do fígado durante a metabolização, provocando inflamação e enfraquecendo as defesas naturais do corpo. O consumo frequente impede a regeneração do fígado, facilitando o acúmulo de gordura no órgão.

Já a esteatose hepática não alcoólica, também chamada de EHNA, afeta pessoas que consomem pouco ou nenhum álcool, sendo mais comum em indivíduos com obesidade, diabetes tipo 2 e síndrome metabólica. No entanto, pode também incluir uma combinação de fatores de risco, como:

  • Sedentarismo: a falta de atividade física pode agravar os problemas relacionados à obesidade, diabetes e dislipidemia, aumentando o risco de gordura no fígado;
  • Alimentação inadequada: uma dieta rica em gorduras saturadas, açúcar, alimentos processados e fast food sobrecarrega o fígado e contribui para o desenvolvimento da esteatose;
  • Outras causas: além dos fatores mencionados, outras condições como doenças genéticas, medicamentos e algumas infecções virais também podem contribuir para o desenvolvimento da esteatose hepática.

Como prevenir gordura no fígado?

Para evitar a esteatose hepática, é preciso focar em um estilo de vida saudável. Aqui vão algumas dicas fáceis de aplicar:

  • comer bem: dê preferência a alimentos frescos e naturais como frutas, verduras, grãos integrais e proteínas magras. Evite fast food, doces e frituras;
  • mexer o corpo: praticar exercícios como caminhar, correr ou pedalar, pelo menos 30 minutos por dia, ajuda a reduzir a gordura no corpo e no fígado;
  • perder peso: se você está acima do peso, perder entre 5% e 10% do seu peso atual já faz uma grande diferença para o fígado;
  • controlar o álcool: reduza ou evite o consumo de bebidas alcoólicas;
  • atenção ao diabetes e colesterol: mantenha essas condições sob controle com a ajuda de um médico.

Quais são os sintomas de gordura no fígado?

Muita gente pode ter gordura no fígado sem nem perceber, pois os sintomas nem sempre aparecem no começo. Quando surgem, eles podem incluir:

  • cansaço extremo;
  • dor ou desconforto no lado direito do abdômen;
  • inchaço abdominal;
  • pele e olhos amarelados (icterícia) em casos mais graves.

Como é feito o diagnóstico da gordura no fígado?

O diagnóstico da gordura no fígado costuma ser feito de forma simples, com exames de rotina. Os mais comuns são:

  • ultrassonografia ou tomografia: mostram se há gordura acumulada no fígado;
  • exames de sangue: verificam as enzimas hepáticas para identificar possíveis danos no fígado;
  • biópsia hepática: é mais rara, mas pode ser feita em casos graves para confirmar o diagnóstico.

É importante fazer esses exames regularmente, principalmente se você tem fatores de risco, como obesidade ou diabetes.

Como tratar gordura no fígado?

O tratamento da gordura no fígado foca principalmente em mudanças no estilo de vida. Veja o que você pode fazer:

  • perder peso: a perda de peso gradual, entre 7% e 10% do peso corporal, pode reduzir significativamente a gordura e inflamação no fígado;
  • controlar condições de saúde: diabetes, colesterol alto e pressão alta precisam estar sob controle;
  • acompanhamento médico: exames periódicos e consultas ajudam a monitorar o progresso;
  • medicamentos: embora não haja remédios específicos para a esteatose, medicamentos para controlar diabetes ou colesterol podem ser prescritos.

Lembrando que é importante fazer mudanças com orientação de um profissional de saúde!

Quais alimentos evitar ao ter gordura no fígado?

Se você foi diagnosticado com esteatose hepática, é bom evitar alimentos que podem piorar a situação. Veja os principais:

  • gordura trans e saturada: evite frituras, margarina, salgadinhos e embutidos;
  • açúcares refinados: refrigerantes, doces, bolos e biscoitos industrializados;
  • bebidas alcoólicas: mesmo em pequenas quantidades, o álcool pode ser prejudicial, especialmente se for a esteatose alcoólica.

Substituir esses alimentos por opções saudáveis pode ajudar seu fígado a se recuperar.

Quais as complicações possíveis da esteatose hepática não tratada?

Se não for tratada, a gordura no fígado pode levar a problemas mais graves, como:

  • cirrose: o fígado fica cheio de cicatrizes e não funciona como deveria;
  • câncer de fígado: em casos raros, a esteatose pode evoluir para câncer;
  • insuficiência hepática: em situações extremas, o fígado pode parar de funcionar, necessitando de um transplante.

Manter o seu fígado saudável é essencial para evitar o acumulo de gorduras e, consequentemente, complicações no futuro. E para garantir o cuidado que você e sua família precisam, conte com a Valem.

Nossos planos de saúde oferecem acesso aos melhores médicos e exames, ajudando você a prevenir e tratar problemas como a esteatose hepática, com total segurança. Acesse nosso site e saiba mais!

Fontes:

Pressão alta: sintomas e como controlar a hipertensão arterial

Médico atendendo paciente com pressão alta em consultório.
Médico atendendo paciente com pressão alta em consultório.
créditos da imagem: Freepik

A hipertensão arterial, ou pressão alta como é popularmente conhecida, é uma doença que se manifesta de forma incomum. Enquanto algumas pessoas podem apresentar sintomas, outras mal percebem que sofrem alterações na pressão arterial.

Por esse motivo, a doença pode tornar-se um grande risco para a saúde. Afinal, quando em níveis elevados, sobrecarrega o sistema cardiovascular e pode evoluir rapidamente para complicações graves. A seguir, você vai conhecer os principais sintomas, o que causa pressão alta, como diagnosticá-la e controlá-la.

O que é pressão alta (hipertensão arterial)?

A pressão alta ou hipertensão arterial é uma doença crônica que tem como característica o aumento da pressão que impulsiona o sangue dentro dos vasos sanguíneos. Conforme a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), considera-se pressão alta o nível acima de 130/80 mmHg como sendo acima do normal.

A medição da pressão arterial é feita em milímetros de mercúrio (mmHg). Desse modo, o valor obtido representa a força que a corrente sanguínea tem ao ser bombeada para percorrer as artérias.

O que causa pressão alta?

Em geral, a hipertensão arterial ocorre devido a uma combinação de fatores. Conforme o Ministério da Saúde, a hereditariedade está relacionada a 90% dos casos de pressão alta. Ou seja, filhos de pais hipertensos apresentam maiores chances de desenvolver a doença. No entanto, o estilo de vida também é um fator que deve ser considerado. Assim, os fatores de risco para a hipertensão envolvem:

  • Obesidade: além do risco para a formação de placas de gordura, a obesidade altera a função hormonal, aumenta a resistência à insulina e provoca a retenção de líquidos;
  • Altos níveis de colesterol: o colesterol alto facilita a formação de placas de gordura, condição que exige mais força para o bombeamento do sangue;
  • Tabagismo e excesso de álcool: o cigarro e o excesso de bebidas alcoólicas afetam o sistema cardiovascular, aumentando o risco para a doença;
  • Estresse: passar por episódios de estresse contribui para a liberação de adrenalina e elevação da pressão arterial;
  • Dieta rica em sal: o sódio favorece a retenção de líquidos e dificulta a circulação do sangue;
  • Etnia: pessoas negras são mais acometidas pela doença;
  • Idade: a doença é mais frequente em idosos.

Quais são os sintomas da hipertensão?

Na maioria dos casos, a pressão alta pode ser silenciosa e não apresentar nenhum sintoma. Contudo, quando já em fase avançada, a hipertensão arterial provoca desconforto e manifestações que podem ser identificadas, como:

  • Dores de cabeça e na nuca;
  • Zumbido no ouvido;
  • Sangramento nasal;
  • Alterações na visão;
  • Palpitações;
  • Falta de ar;
  • Fraqueza;
  • Cansaço;
  • Tontura.

Quando a pessoa já tem diagnóstico de pressão alta, realiza tratamento e apresenta sintomas como esses, é possível que esteja passando por uma crise de hipertensão, período em que a pressão arterial se eleva rapidamente.

Em casos como esse, é importante utilizar os medicamentos já prescritos pelo médico para situações de emergência. Caso o quadro não melhore em algum tempo, é necessário procurar atendimento médico em um pronto-socorro.

Como é diagnosticada a hipertensão arterial?

O diagnóstico da hipertensão arterial é feito pelo cardiologista por meio da avaliação dos sintomas, histórico familiar, histórico médico e análise da pressão arterial, que pode ser feita com o acompanhamento e aferição da pressão por, pelo menos, 3 vezes em dias diferentes, no intervalo de uma semana.

Quando ocorre a suspeita da doença, o médico solicita exames que vão ajudar a identificar alterações na pressão, como o MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial). Nesse exame, o paciente usa um aparelho que permite medir e registrar a pressão arterial por 24 horas.

Assim, o médico pode identificar alterações ao longo desse período. Além disso, o cardiologista pode solicitar outros exames para contribuir com o diagnóstico, como exames de sangue, exame de urina, eletrocardiograma, entre outros.

Quais são as complicações da hipertensão não tratada?

A hipertensão é uma doença que pode ser identificada e controlada. No entanto, quando isso não acontece, podem ocorrer sérios danos às veias, artérias e órgãos, resultando em complicações graves. Entre as principais estão:

  • Insuficiência cardíaca;
  • Falência dos rins;
  • Aneurisma;
  • Arritmia;
  • Angina;
  • Infarto;
  • AVC.

Outros problemas também podem estar relacionados à pressão alta, como lesões oculares, problemas de memória, dificuldade para o aprendizado ou até demência. Por isso, o controle e tratamento da pressão alta é fundamental, evitando riscos para complicações.

Como controlar e tratar a pressão alta?

A hipertensão arterial é uma doença que não tem cura. Entretanto, pode ser tratada e controlada. Somente após o diagnóstico o médico poderá determinar qual o melhor método de tratamento. Além de medicamentos disponíveis, também é aconselhada a mudança nos hábitos de vida, adotando medidas mais saudáveis, como:

  • fazer o controle de outras doenças, como o diabetes;
  • evitar alimentos gordurosos e ricos em açúcar;
  • moderar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • praticar atividades físicas regularmente;
  • evitar excesso de sal na alimentação;
  • adotar uma alimentação equilibrada;
  • abandonar o cigarro;
  • manter o peso ideal.

Quando procurar ajuda médica?

Para identificar a hipertensão ainda no início, quando a doença ainda é assintomática, é importante realizar exames preventivos pelo menos uma vez ao ano. É importante entender que, sofrer variações na pressão não significa que o indivíduo seja hipertenso. Afinal, pode tratar-se de um episódio isolado, além de estar relacionado a outras doenças.

Para saber quando é importante buscar ajuda médica, é necessário considerar os fatores de risco, a predisposição e a presença de sintomas. Além disso, diante da pressão elevada por horas ou dias, mesmo com a ausência de sintomas, é essencial buscar o atendimento de um cardiologista.

Cuidar da sua saúde começa pelas formas de prevenção. Isso porque, você pode ter pressão alta sem saber disso. Com exames e consultas de rotina, é possível identificar essa e outras doenças, além de preveni-las

Para isso, a melhor opção é contar com um plano de saúde adequado, que esteja alinhado às suas necessidades e de sua família, como a Valem!

Quer conferir algumas opções de plano de saúde? Conheça os melhores que a Valem tem para você!

Fontes: