Atividades físicas para idosos: quais são indicadas?

A frase apresenta alguns pequenos erros de ortografia e gramAtividades físicas para idosos: uma mulher idosa sorrindo e muito feliz fazendo atividade física na praça com seu bambolê azul.

Praticar exercícios é importante em todas as fases da vida, mas se torna ainda mais essencial com o passar dos anos, para prevenir e combater os efeitos do envelhecimento no corpo e na mente. Nesse sentido, as atividades físicas para idosos são indispensáveis para manter a qualidade de vida, independência e, principalmente, a saúde.

Um estudo feito na USP com pessoas acima de 65 anos mostrou que a mortalidade é quase 63 vezes maior em mulheres com pouca massa magra nos membros, reforça essa teoria. Entre os homens, o aumento foi de 11,4 vezes. Esses dados foram obtidos por meio de um exame de composição corporal por densitometria.

Ou seja, ficar parado não é uma opção! Por isso, neste artigo, você vai descobrir os benefícios das atividades físicas para os idosos, quais são as mais indicadas e como praticá-las de forma segura e adequada. Continue lendo e saiba mais!

Qual a importância da atividade física para idosos?

Ter uma vida ativa é importante para a saúde e a qualidade de vida das pessoas em qualquer idade, mas especialmente para os idosos. Isso porque, com o passar dos anos, ocorrem diversas alterações no nosso organismo, como:

  • diminuição da força muscular;
  • redução da densidade óssea;
  • perda de flexibilidade;
  • menor resistência cardiovascular;
  • declínio das funções cognitivas.

Essas mudanças podem aumentar o risco de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, osteoporose, câncer, depressão e demência, além de comprometer a autonomia, a independência e o bem-estar dos idosos.

Quais os benefícios das atividades físicas para idosos?

As atividades físicas para idosos regulares podem proporcionar benefícios para a saúde física e mental. Dentre eles, podemos citar:

  • prevenção e controle de doenças cardiovasculares, metabólicas, ósseas e neurológicas;
  • fortalecimento muscular, ósseo e articular, melhorando a postura, o equilíbrio, a coordenação e a agilidade;
  • aumento da capacidade respiratória e da circulação sanguínea, favorecendo a oxigenação dos tecidos e a eliminação de toxinas;
  • melhora do apetite, do sono, da digestão e do funcionamento intestinal;
  • estímulo ao sistema imunológico, aumentando a defesa contra infecções e inflamações;
  • melhora da autoestima, da autoconfiança, da autoimagem e da autoaceitação, reduzindo o estresse, a ansiedade e a depressão;
  • melhora da memória, da atenção, da concentração, do raciocínio e do foco, prevenindo o declínio cognitivo e a demência;
  • ampliação dos vínculos sociais, da interação e da comunicação com outras pessoas, promovendo a integração e a participação social.

Quais são as atividades físicas recomendadas para idosos?

As atividades físicas para idosos mais recomendadas são aquelas que podem se adequar às condições físicas e limitações de cada indivíduo, visando maximizar os benefícios e minimizar os riscos.

A seguir, separamos algumas das atividades físicas para idosos mais recomendadas. Confira!

Caminhada

Caminhar é uma das atividades físicas para idosos mais simples e acessíveis. Ela pode ser feita em qualquer lugar, a qualquer hora, e sem a necessidade de equipamentos especiais.

A caminhada proporciona diversos benefícios, como o fortalecimento dos músculos e das articulações, melhora o ritmo cardíaco e a circulação sanguínea, previne a obesidade e o diabetes, reduz o estresse e a depressão, e estimula a memória e a cognição.

Mas não dá para sair andando quilômetros de uma vez. É recomendado começar por trajetos curtos e ir aumentando a distância e a duração gradativamente, até fazer caminhadas de 30 a 60 minutos, cerca de três vezes por semana.

Antes e depois das caminhadas, é muito importante alongar para aquecer e relaxar os músculos.

Musculação

Ao contrário do que muitos podem pensar, a musculação é super indicada e benéfica para os idosos, principalmente para ajuda a prevenir e combater a sarcopenia, que é a perda de massa muscular relacionada ao envelhecimento, e a osteoporose, que é a perda de densidade óssea, que aumenta o risco de fraturas.

A musculação também melhora a postura, a flexibilidade, o equilíbrio, a coordenação, a autoestima, o humor, e a capacidade funcional dos idosos, ou seja, a habilidade de realizar as atividades do cotidiano, como subir escadas, carregar sacolas, levantar objetos, entre outras.

Para praticar musculação, é indispensável ter a orientação de um profissional de educação física, que irá prescrever os exercícios, cargas, repetições, séries, e intervalos adequados para cada pessoa, segundo o seu nível de condicionamento, limitações e seus objetivos.

Ioga

A ioga é outra das atividades físicas para idosos muito indicada por promover o bem-estar físico, mental e emocional, além de prevenir e aliviar diversas doenças e problemas de saúde comuns nessa faixa etária. Entre os benefícios, podemos citar:

  • postura;
  • digestão;
  • memória;
  • equilíbrio;
  • criatividade;
  • flexibilidade;
  • coordenação;
  • concentração;
  • função cardíaca;
  • mobilidade articular;
  • circulação sanguínea;
  • capacidade respiratória;
  • melhora do sono;
  • aumento da força;
  • e muito mais.

Para praticar ioga, é recomendado procurar um instrutor qualificado, que adapte as posturas e as técnicas de acordo com as necessidades e as possibilidades de cada aluno. Ela pode ser feita diariamente, ou pelo menos duas vezes por semana, por cerca de 30 a 60 minutos por sessão.

Alongamento

Práticas regulares de alongamento são essenciais para manter a flexibilidade muscular e a amplitude de movimento das articulações, aspectos que tendem a diminuir com a idade.

Os exercícios de alongamento ajudam a prevenir lesões, reduzir dores musculares e melhorar a postura

Além disso, são uma excelente forma de relaxamento e podem ser facilmente incorporados na rotina diária. Eles podem ser feitos todos os dias, ou pelo menos três vezes por semana, de 10 a 15 minutos por sessão.

Pilates

A prática regular de Pilates ajuda a melhorar a postura, fortalecer o core (músculos do abdômen, lombar e pelve), aumentar a estabilidade articular e prevenir lesões.

Além disso, é uma das atividades físicas para idosos mais adaptáveis, atendendo às necessidades e limitações individuais. Isso a torna uma opção segura e eficaz para essa faixa etária.

Dança

A dança é uma atividade física alegre e estimulante, que oferece diversos benefícios para os idosos. Além de ser uma excelente forma de exercício cardiovascular, a dança ajuda a melhorar a coordenação, o equilíbrio e a flexibilidade.

Participar de aulas de dança também proporciona oportunidades sociais, ajudando a combater a solidão e a depressão, e promove a expressão criativa, contribuindo para o bem-estar emocional.

Por que é importante realizar atividade física para idosos com acompanhamento profissional?

Um profissional de educação física ou de saúde pode auxiliar os idosos a escolherem as atividades mais apropriadas para o seu perfil, levando em conta fatores como idade, condição física, histórico de saúde, preferências e objetivos.

Além disso, o profissional ensina a execução dos exercícios corretamente, respeitando o ritmo, a intensidade e a duração adequados, evitando movimentos que possam causar dor ou desconforto. 

Isso inclui, também, o monitoramento dos sinais vitais, como pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória, para intervir em caso de qualquer alteração ou emergência.

Com o acompanhamento profissional, os idosos podem se sentir mais seguros, motivados e confiantes para praticar atividade física, e assim aproveitar todos os seus benefícios.

Em resumo, a inclusão de atividades físicas para idosos na rotina pode trazer significativos benefícios para a saúde. É crucial, contudo, que cada atividade seja adaptada às capacidades e limitações do indivíduo e sob acompanhamento de um profissional.

Antes de ir, confira também outro artigo 7 cuidados para a prevenção de doenças na terceira idade para cuidar bem dos idosos da sua convivência, garantindo que eles tenham uma vida mais plena e feliz!

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O que é junta médica do plano de saúde e como é formada

Junta Médica: cinco médicos reunidos conversando sobre o caso de um paciente. Sobre a mesa, há folhas, documentos e um notebook. Um dos médicos está segurando um raio-X nas mãos.coneversado sobre o caso de um paciente, sobre a mesa há folhas e documentos e um notebook. Um dos médicos está segurando um raioX nas mãos

Ao solicitar a cobertura de um tratamento, o pedido passa pela análise da junta médica do plano de saúde, comissão que avalia a indicação e viabilidade do custeamento. Essa decisão é de grande importância e pode impactar significativamente a saúde do beneficiário.

Contudo, muitos ainda não conhecem o papel e a relevância da junta médica do plano de saúde. Para isso, desenvolvemos este post com as informações que você precisa conhecer sobre o assunto. Confira!

O que é junta médica?

O termo “junta médica” refere-se a um grupo de especialistas em saúde encarregados de examinar e resolver desacordos entre um médico e uma operadora de plano de saúde

Além disso, a expressão também pode se referir ao procedimento pelo qual a comissão avalia casos médicos complexos ou disputados.

Normalmente, uma junta é composta por médicos de diversas áreas de especialização, o que permite uma visão ampla e precisa para a tomada de decisões. 

O objetivo da comissão é garantir a qualidade e eficácia do tratamento do paciente, ao mesmo tempo que protege o beneficiário de possíveis irregularidades.

São diversas situações que podem exigir a convocação da junta médica, como disputas sobre diagnóstico, plano de tratamento, cirurgias, entre outras. A comissão também é responsável por avaliar se o paciente apresenta capacidade para trabalhar quando benefícios por incapacidade são solicitados.

Como é formada a junta médica do plano de saúde?

A Resolução Normativa nº 424/2017 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estabelece diretrizes para a formação da junta médica, que devem ser seguidas rigorosamente. 

Segundo essa normativa, deve ser composta por três profissionais: o médico assistente, o representante da operadora de saúde e o desempatador. A seleção do desempatador deve ser feita em consenso entre o médico assistente e o representante da operadora. 

Assim, o tempo para condução do procedimento pela junta não pode exceder os prazos máximos de garantia estabelecidos pela ANS, conforme estipulado na Resolução Normativa nº 259/2011.

Quando a Junta Médica é composta?

A comissão deve ser formada sempre que ocorrer divergência clínica sobre a recomendação realizada pelo médico do beneficiário

Isso não se aplica apenas a procedimentos que exigem autorização prévia da operadora. A junta médica também é composta em situações que requerem avaliação com cautela e precisão.

Da mesma forma, pode ser solicitada quando o profissional está em baixa médica prolongada, ou seja, por trinta dias ou mais sem atividade. Nesse caso, ele é convocado para uma avaliação de incapacidade, visando determinar se tem direito ou não ao subsídio.

Qual é a composição de uma junta médica?

A formação da junta médica envolve a participação de 3 profissionais. O médico assistente, que acompanha o caso do paciente, o médico indicado pela operadora do plano de saúde, representando a empresa.

Além disso, o médico desempatador, profissional escolhido em comum acordo pelos outros 2 médicos para atuar de forma imparcial. No entanto, quando necessário, pode-se consultar mais profissionais.

Como é feita a análise do pedido?

Quando um tratamento é solicitado, a operadora de saúde deve comunicar tanto o paciente quanto o médico sobre qualquer discordância que possa surgir, explicando a razão por meio de um laudo elaborado por outro médico. 

Dessa forma, a notificação deve incluir uma lista com quatro profissionais, caso o médico assistente não concorde com o laudo fornecido pela operadora de saúde.

Nesse cenário, o médico do paciente tem a opção de escolher um dos quatro profissionais indicados para atuar como desempatador na junta médica. Se, em até dois dias úteis, não houver uma decisão, a operadora escolherá o desempatador.

Uma vez designado, esse indivíduo receberá documentos relevantes para análise, tendo o prazo de dois dias úteis para se pronunciar caso a documentação não seja suficiente ou se a presença do beneficiário na junta for necessária.

Após esse período, não será mais aceitável alegar falta de exames ou solicitar a presença do beneficiário. Portanto, é necessário avaliar os documentos, e o desempatador é responsável por elaborar um parecer técnico com sua decisão de recomendar ou não o procedimento.

Segundo a ANS, essa decisão é final e deve ser seguida pelo médico do paciente. Se, ainda assim, o médico não aceitar a decisão, a operadora deverá encaminhar o beneficiário a outro profissional para realizar o tratamento, seguindo a decisão do desempatador.

Quando a Junta Médica não deve ser formada?

De acordo com a Norma Regulamentadora, não é admitida a formação da junta médica em casos de emergência ou urgência, visto que não há possibilidade de aguardar a definição em conjunto.

Adicionalmente, a formação da comissão não é adequada quando os procedimentos ou ações não estão contemplados no contrato, ou no rol de procedimentos e eventos em saúde. 

Da mesma maneira, não deve ocorrer quando há prescrição de órteses, próteses e materiais especiais utilizados exclusivamente em procedimentos não incluídos na cobertura, a menos que estejam expressamente previstos no contrato.

A junta médica pode entrar em contato com o beneficiário?

Sim, a junta médica pode entrar em contato com o beneficiário em algumas situações específicas. Desse modo, a comunicação pode ocorrer diante de divergências técnico-assistenciais, para informar a necessidade da entrega de exames novos, já realizados ou complementares.

Da mesma forma, a comissão deve contatar o paciente diante da comunicação da junta presencial, em que o beneficiário deverá se apresentar, e para comunicação do resultado da junta.

Qual é o prazo para a conclusão da junta médica?

De acordo com a ANS, a avaliação pela junta médica deve ser concluída em até 21 dias após a solicitação. No entanto, esse prazo pode ser estendido dependendo da complexidade do caso.

Caso a avaliação não seja concluída dentro do prazo estabelecido, a operadora de plano de saúde deve atender à solicitação inicial do médico assistente para garantir que o paciente receba o tratamento sem atrasos desnecessários.

Uma junta médica apresenta um papel essencial na resolução de divergências e tomada de decisões clínicas complexas. Assim, garante o melhor tratamento para o paciente, visando assegurar o cuidado adequado com decisões fundamentadas. Dessa forma, entender o funcionamento e a formação de uma junta médica é indispensável.

Gostou destas informações? Confira também as diferenças entre os planos de saúde individual e familiar!

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